quinta-feira, 25 de junho de 2009

Zoltan Kodaly


De acordo com Fonterrada (2005), o tesouro desvelado por Kodaly, constitui-se do resgate às canções folclóricas que após inúmeras invasões de outros povos e a miscigenação cultural, não se perdeu completamente, pois encontrou no interior, nas propriedades rurais, o resguardo, mantendo-se intacta até que esse importante representante da Educação Musical chegasse para dar a importância merecida.
Ainda segundo Fonterrada, o ritmo não é ensinado separadamente da melodia, mas conjugado a ela. O canto é baseado em modelos melódicos simples, que as crianças podem cantar, e provém do repertório folclórico húngaro. O método baseia-se no canto em grupo e no solfejo. E o modo de trabalhar a memória auditiva é utilizando todas as canções em uma mesma escala, até que se habituem.
No Brasil, o sistema kodály é difundido pela Sociedade Kodály do Brasil, em São Paulo, que oferece cursos regulares e de curta duração, e busca equivalências às constantes encontradas nas canções húngaras, no folclore brasileiro.
“Sabemos, através das pesquisas realizadas particularmente na Hungria, na escolas Kodály (escolas com horário musical reforçado, 45 minutos por dia desde o primeiro ano), que os alunos dessas escolas apresentam resultados significativamente superiores aos dos outros alunos no que diz respeito ao cálculo mental, á leitura, à escrita, ao desenho, às atividades que colocam em jogo a memória e a imaginação.” (Porcher, 1982)

Bibliografia

Fonterrada, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: Um ensaio sobre música e educação. Ed. Unesp, 2005.

Porcher, Louis. Educação Artística: Luxo ou necessidade? Ed. Summus Editorial, 1982.
Educação a Distância