-Até que ponto entende-se que o ensino da música proporciona aos alunos, elementos suficientes para uma análise crítica e reflexiva da produção sonora do seu próprio ambiente?
-Qual é o significado atribuído à educação musical hoje, frente às novas tecnologias da comunicação e da informação?
-Quais as potencialidades e limitações dessa disciplina no ensino formal: Na Antiga Grécia, o ensino da música era mais que a simples transmissão de conhecimentos, pois o objetivo maior era a formação do caráter da pessoa. Buscava-se uma educação plena, equilibrada, que harmonizasse o corpo e mente. Nesse sentido, à música não se dá a devida importância, e no contexto da educação escolar ela é considerada uma atividade de menor valor se comparada às outras disciplinas do ensino formal. Tal preconceito, se justifica porque durante muito tempo associou-se a atividade musical aos aspectos promocionais da escola, ou seja, montagem de repertório para datas comemorativas com páscoa, dia das mães, dos pais, festas juninas, eventos cívicos, natal e muitos outros. Ressalta-se então, a necessidade de uma prática pedagógica que promova uma reflexão crítica sobre as relações entre música, sociedade e indivíduo, assegurando assim, uma educação musical significativa e relevante. A ação docente, portanto, não pode ser um ato irresponsável, pois se assim o for, as conseqüências serão terríveis. Neste contexto, a função do educador de um modo geral, e em especial o educador musical, parece ser duplamente desafiadora, haja vista que também precisam ser consideradas, durante o processo de ensino/aprendizagem, as complexas questões da subjetividade de cada homem e mulher, co-participantes na árdua tarefa de reconstruir os caminhos da própria sensibilidade, emoção e intuição.
